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Centro em movimento

Secretário das Subprefeituras, Fabrício Cobra Arbex fala sobre a revitalização da região central de São Paulo e sobre o novo ciclo de investimentos, moradia e segurança que está transformando o coração da cidade

Por Judite Scholz, @juditescholz | Foto Jade Gadotti, @jadegadotti

Advogado e economista, com pós-graduação em gestão pública, o paulistano Fabrício Cobra Arbex é o atual secretário das Subprefeituras de São Paulo, responsável por coordenar 32 subprefeituras. Ex-secretário de Turismo do Estado e ex-chefe da Casa Civil da Prefeitura, é um entusiasta do Centro — e acredita que a região vive hoje uma transformação concreta, ancorada em políticas públicas e na confiança do setor privado.

Fabrício Cobra Arbex, secretário das Subprefeituras de São Paulo

Advogado e economista, com pós-graduação em gestão pública, o paulistano Fabrício Cobra Arbex é o atual secretário das Subprefeituras de São Paulo, responsável por coordenar 32 subprefeituras. Ex-secretário de Turismo do Estado e ex-chefe da Casa Civil da Prefeitura, é um entusiasta do Centro — e acredita que a região vive hoje uma transformação concreta, ancorada em políticas públicas e na confiança do setor privado.

O projeto Todos Pelo Centro é o grande responsável pela transformação da região?

Sim. Ele nasceu junto com o projeto urbanístico do Centro, que criou incentivos e benefícios para novos empreendimentos na região. O prefeito Ricardo Nunes montou um comitê com representantes de todos os órgãos municipais, do governo do Estado e da sociedade civil. Desde então, estamos presenciando uma verdadeira retomada, após décadas de degradação agravada pela pandemia.

De que forma o projeto incentiva o investimento?

O Plano de Intervenção Urbana (PIU Central) trouxe muitos benefícios, mas a lei do retrofit foi decisiva. Ela permite restaurar prédios antigos, das décadas de 1950 e 1960 — que estavam vazios porque parte das empresas migrou para as avenidas Faria Lima e Berrini — e devolvê-los à função habitacional.

Hoje, já temos 30 projetos aprovados e outros 30 em análise, com destaque para o Edifício Virgínia e o Basílio 107, prédio da antiga Telefônica. Além da desburocratização, a prefeitura criou uma subvenção econômica, que financia até 25% das obras e oferece incentivos fiscais, como isenção de IPTU.

E quanto à segurança, um dos grandes desafios da região?

Esse é um ponto central. A parceria entre prefeitura e governo do Estado ampliou a operação delegada de 300 para 1.500 policiais, e o efetivo da Guarda Civil Metropolitana também cresceu. Soma-se a isso o programa SmartSampa, que utiliza tecnologia de monitoramento urbano.

O resultado é visível: o índice de furtos caiu 60% e a sensação de segurança aumentou muito. Segurança, limpeza e iluminação formam o tripé dessa transformação.

Quais são os principais projetos em andamento?

Temos obras emblemáticas: o Viaduto Santa Ifigênia foi totalmente requalificado e o Vale do Anhangabaú ganhou novo paisagismo. E vem mais: o novo Parque Dom Pedro será revitalizado, integrando o metrô e o terminal de ônibus a uma grande área verde.

O VLT Bom de São Paulo terá duas linhas circulares no Centro; o Viaduto do Chá passará por reforma, com a reabertura da Galeria Prestes Maia. A região também está recebendo bosques urbanos, jardins de chuva e plantio de espécies nativas, medidas que reduzem a temperatura e melhoram o ambiente.

O objetivo é também atrair novos moradores?

Sim. O plano urbanístico prevê 220 mil novos moradores na região central nos próximos dez anos. O Centro tem a melhor infraestrutura de transporte da cidade, e o propósito é que deixe de ser apenas uma área de passagem para voltar a ser um bairro vivo, habitado e plural.

Só nos últimos três anos, já foram 32 mil novas unidades habitacionais licenciadas, principalmente em Santa Cecília, Campos Elísios, Bom Retiro e Brás.

Como está o comércio local?

A nova fase trouxe designers, ateliês, galerias e novos restaurantes. A ocupação da Galeria Metrópole, por exemplo, passou de 40% para 90%. A gastronomia e a cultura também se fortaleceram. A cobertura do Edifício Martinelli abrigará um centro cultural.

Como você imagina o Centro daqui a 10 anos?

Com vida nas ruas, diversidade, segurança e muita gente morando e caminhando a pé. Um Centro plural, pulsante.

Por Judite Scholz | @juditescholz
Foto Jade Gadotti | @jadegadotti

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