Editorial #41
São Paulo enfrenta a pior qualidade do ar do mundo. Descubra como você pode contribuir para um futuro mais limpo e sustentável. Junte-se a nós nessa luta!
Em tempos da era digital, do online, bancas de jornal são um sinal de resistência tal como flores no deserto. A figura do jornaleiro que vendia figurinhas para os famosos álbuns de colecionadores ainda está na memória de muitos meninos e meninas.
Lutando para vencer a concorrência – padarias, lojas de conveniência e mercadinhos, responsáveis por abocanhar parte das vendas de periódicos e revistas – as bancas foram e continuam sendo um verdadeiro polo de informação, além de ser um Comércio democrático.
Aos 90 anos, Sinézio Batista Pereira, morador do Jardim Paulista há 69, viu essa e muitas outras mudanças acontecerem. “Antes de comprar a banca, trabalhei na Mercearia Groenlândia e na padaria Regência. Tive quatro bancas aqui no bairro”, conta.
Proprietário da Jardim Paulistano há mais de 40 anos, localizada na esquina da Sampaio Vidal com a Joaquim Antunes, o senhor pai de cinco, avô de quatro e bisavô de um ainda hoje fica na banca para ajudar o filho. “Como ele mora perto, fica aqui para mim quando preciso sair, tomar um café”, diz Fernando Augusto Pereira. “Todo mundo nos conhece. A confiança é tamanha que muitos deixam chave de casa, de carro, cartão de banco. Parece até cidade de interior”, conta.
Na esquina da Sampaio Vidal com a Maria Carolina, um especialista em elétrica é dono da Sampaio Vidal há 15 anos. “A oportunidade de comprar a banca apareceu em um momento difícil; estava desempregado com mulher grávida”, diz. “Com a banca, aprendi a lidar melhor com o ser humano, a ser mais político. E, com isso, consigo também continuar o meu trabalho em elétrica”, que confessa, contando que além da banca, faz serviços em casas do bairro.
Estudante do curso de história na USP, Denis Nascimento Fagundes, reveza com a mãe o trabalho na Juquiá, localizada na esquina da Alameda Gabriel Monteiro da Silva com a Juquiá, pertencente à família há pouco mais de três anos. Para ele, o que ainda faz com que as bancas sobrevivam é a venda de outros itens como bebidas, doces etc. “Isso, que é relativamente recente, foi essencial para que conseguíssemos manter o negócio. Esperamos que a nova gestão da prefeitura também autorize a veiculação de propagandas. É algo que também nos ajudaria muito”, diz o estudante, que questiona o fato de pontos de ônibus, por exemplo, possuírem essa permissão.
Senhora de seu destino
“Vim para o bairro com 11 anos. Sou do tempo em que havia chácaras na Teodoro Sampaio e vi muitas transformações. Sempre gostei muito daqui. Morei na rua Girassol e mais tarde vim para a Francisco Leitão. No começo, fiquei meio assim, sabe, de morar em frente ao cemitério. Mas, depois isso passou. A vizinhança é tranquila”, recorda Joana Jardim. Com cabelos de algodão arrumados, brincos, colar, unhas feitas e roupa alinhada, Dona Joana, como é conhecida na Rua Francisco Leitão, dedicou a vida ao exercício da arte – piano, acordeão, balé, canto, teatro… E quando lhe diziam que era hora de parar de trabalhar, ela ficava se perguntando: “O que é que eu vou fazer agora?”. Foi quando decidiu se tornar atriz de comercial. Aos 87 anos, há dez na profissão, a senhora avó de três e bisavó de seis já foi garota-propaganda de marcas como Nestlé, Sadia, Yakult e Kaiser, entre muitas outras. “Não sou o tipo de mulher que se deixa levar pela vida, sabe? Eu é que levo”, diz.
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Retomei os negativos em vidro de fotografias estereoscópicas dos meus irmãos, feitas por meu pai entre 1929 e 1944, e fiz uma releitura dessas imagens
Diante da correnteza de transformações que ocorreram do início do século 20 até os dias de hoje, homens e mulheres se percebem angustiados com as diferentes formas de relações, casamentos e famílias que já não são estruturas pré-moldadas.
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