
Devoção visceral
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Com sua alta gastronomia que dá protagonismo aos ingredientes brasileiros, suas cores e sabores, Alex Atala colocou seu D.O.M. na lista dos 5 melhores restaurantes do mundo, e levou a gastronomia nacional para outro patamar. Não por acaso, é o chef brasileiro mais influente e premiado do mundo.
Quem diria que o jovem punk, que foi DJ justamente para fugir de toda a chatice burocrática dos negócios se tornaria um chef dessa grandeza, à frente de uma leva de funcionários! “Eu amo cozinhar. Trabalhar muitas vezes é estressante. É muito gostoso ir pra cozinha e fazer um prato delicioso. Outra coisa é fazer um prato delicioso 100 vezes por dia, todos perfeitos, com timing certo, na maior pressão. O trabalhar e o cozinhar não são exatamente a mesma coisa pra mim. Sigo apaixonado por cozinhar. Trabalhar é duro, difícil, estressante, mas eu levo bem”, conta.
Bem melhor depois da pandemia, que o levou a se reconectar com outros prazeres e a ter uma relação mais equilibrada com o tempo. Passou a meditar diariamente e restabeleceu a conexão com seus pais e irmã ao comprar uma casa na Bahia. “Como morei fora por muitos anos e depois me dedicava aos restaurantes em tempo integral, foi natural o afastamento, e essa reaproximação me fez bem”, diz.
A devoção ao trabalho, que o fazia se sentir obrigado a só trabalhar, também foi reavaliada: “Mudei bastante o ritmo depois da pandemia. Antes eu fazia questão e tinha orgulho de ser o primeiro a chegar e o último a sair dos restaurantes. Hoje faço o mesmo trabalho, mas só até 23h. E tudo bem, descobri que o centro do mundo não sou eu”, diverte-se.
Atala aprendeu a cozinhar em Bruxelas, viajou pelo mundo, explorou as entranhas do Brasil e, nesses 35 anos de cozinha, teve grandes conquistas e consagrou seu talento. A melhor prova disso são os 25 anos do sofisticado D.O.M., que oferece o menu degustação autoral do chef, e os 15 anos do Dalva e Dito, que além de pratos da cozinha brasileira, possui um empório de produtos made in Brazil. “É um momento de agradecimento por estar feliz com as coisas que vieram.
Não é necessário fazer comemorações, festas, promoção, só agradecer. Quero que o próximo ano seja de receber as pessoas com o prazer desses restaurantes existirem por todo esse tempo. E isso pode ser traduzido com essa reforma no Dalva e Dito, para receber bem as pessoas e dar a elas o que esperam do trabalho da gente”.
D.O.M.
Rua Barão de Capanema, 549
@d.o.m.restaurante
Dalva e Dito
Rua Padre João Manuel, 1.115
@dalvaedito
“O maior legado da Lina foi o modo de fazer uma arquitetura que tenha sentido, que crie ressonância no coração das pessoas, uma arquitetura que busca conforto, em todos os sentidos da palavra.”
Marcelo Ferraz

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O mundo realmente mudou. E, como você, estamos tentando entender esse novo mundo. Tudo o que é novo assusta à primeira vista,
mas vai entrando no nosso cotidiano e, quando percebemos, não vivemos mais sem. Foi assim com o celular e com a internet.

Na cultura japonesa, a cerimônia do chá é uma espécie de síntese das artes. Nela vamos encontrar praticamente todas as expressões artísticas nipônicas, desde a arquitetura até a caligrafia, passando pela cerâmica e pela culinária, entre tantas formas de arte.
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